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21/11/2011

Modelo G5 o que é?

 Modelo G5 e Modelo G12 tem alguma diferença? E semelhança?




O ministério G5  tem objetivos de comunhão e não de crescimento de igrejas e o Líder de Célula é preparado para ser um líder capacitador. “Um outro objetivo das células é transformar os crentes que hoje são ‘consumidores’ em crentes ‘produtores’”.

Daí para o crescimento quantitativo é um pulo. E a matemática não é difícil de acompanhar. Com o aumento de comunhão em células – comunhão essa que muitas vezes não é possibilitada no templo, momentos entre-cultos – outras pessoas, alheias ao ambiente de igreja são chamadas a participar e o evangelismo é praticado, além do discipulado e ensino da Palavra. Fórmula simples para que se atenda ao Grande Comissionamento (Ide, pregai e fazei discípulos).

Iguais tão diferentes – Existem semelhanças e diferenças de peso entre o G12 e o G5. A diferença básica é que o G12 cresce de cima para baixo e o G5 segue o caminho inverso. “No G12, uma pessoa arrebanha 12 discípulos e depois cada um desses doze formará outros doze, e assim por diante. No G5 as células vão formando uma base e a cada certa quantidade de células vão surgindo as figuras dos Supervisores, Superintendentes e Pastores de distrito”. Sobre cada grupo de 5 células é constituído um supervisor que liderará os 5 líderes que coordenam as células. Depois, quando já existirem 25 células com seus 5 supervisores, deve ser constituído um Superintendente de Área para coordenar os supervisores. Por fim, para cada 5 Superintendentes (125 células) será constituído um Pastor de Distrito para dirigi-los. Esse Pastor de Distrito ser reportará ao pastor titular da igreja

  A flexibilidade é outro ponto que têm levado as Igrejas Históricas a procurarem o modelo G5 ao contrário do G12. O modelo G12 notadamente trás consigo algumas imposições doutrinárias e de funcionamento, que não seria possível adaptar a uma Igreja Tradicional. Essas Igrejas possuem um sistema doutrinário e de governo muito bem definido e inalienável, o que faz com que apenas um modelo flexível como o G5 seja possível de ser implantado. Um exemplo simples seriam as atribuições que um Líder de Célula possui no G12 e que em muitas denominações são de exclusividade dos Pastores Ordenados.


ENTREVISTA DO PASTOR ALEXANDRE CANO À REVISTA ECLÉSIA

Em entrevista concedida à ECLÉSIA, Alexandre Cano esclarece diversos pontos essenciais para o crescimento espiritual do crente membro de uma igreja que adota o modelo celular, como evangelismo, discipulado, ensino e comunhão.

ECLÉSIA - Sabemos que todo método apresenta problemas de estrutura. No G12, por exemplo, igrejas muito grandes, que acabam não atendendo aos seus visitantes de igreja (aquele que vai apenas na igreja, mas não é inserido em uma célula e se sente deslocado da comunhão). Isso acontece nesse método? 

Alexandre Cano - Qualquer modelo tem as suas limitações. Na IPIJ ainda não identificamos alguma, mas sabemos que elas surgirão. Decidimos pela adoção desse modelo porque, em comparação com o modelo antigo, encontramos muito mais vantagens do que desvantagens.

É muito estranho citarmos a capacidade de integração dos crentes no Corpo como uma fraqueza já que, ao meu ver, essa é exatamente uma das maiores vantagens o modelo celular. Por maior que a Igreja seja, todo membro está ligado a uma célula de em média 10 componentes, a qual está ligada a outras 2 ou 3 células pela Supervisão (outras 20 ou 30 pessoas) e a outras 10 ou 20 células pela Superintendência, e assim por diante. Portanto, o membro é assistido diretamente pelos membros da sua Célula com quem se encontra semanalmente nas reuniões da célula, nos cultos e nas demais atividades da igreja, tendo contato com outro grupo de aproximadamente 40 pessoas pela supervisão, e outras 150 pessoas através da superintendência.

Portanto, essa “falta de assistência” realmente pode ocorrer já que em nossas igrejas os membros não são obrigados a integrar-se às células, e nesse caso, mesmo a igreja sendo uma “Igreja em Células”, não há como dar um acompanhamento a esse membro como recebe aquele que está ligado a alguma Célula. Entretanto, de qualquer forma, no modelo antigo era muito pior com aproximadamente 80% dos membros não integrados ao Corpo, o que diminui drasticamente no modelo celular. Nas Igreja Históricas e no modelo Celular, ao meu ver, não dá para o membro ser “visitante” o resto da vida, sendo uma necessidade básica assumir a responsabilidade de ser membro da Igreja e passar a trabalhar em algum ministério, sendo o principal deles numa Igreja em Células, as próprias células.

ECLÉSIA: Outra crítica que ouvimos sempre sobre igreja em células é que o ensino, discipulado e evangelismo é  praticado ao mesmo tempo e de forma parcial. Isso não pode se restringir apenas ao parcial, ficando tanto o evangelismo, como ensino e discipulado renegados a segundo plano? 

ALEXANDRE:No sistema de células G5, não existe nenhum formato pré-determinado de como deve ser feito o treinamento e a preparação dos crentes em relação a evangelismo, discipulado ou ensino bíblico. O que é passado são linhas mestras e orientações básicas daquilo que é mais importante de ser focado em cada assunto e cada igreja, de cada denominação, adapta a sua estrutura. Nos treinamentos promovidos pelo Ministério Igreja em Células, procuramos trocar experiências com outras igrejas para aprendermos algumas fórmulas que tem dado certo e, caso julguemos adequado, aplicamos em nossa Igreja. Em termos, por exemplo, de Escola Bíblica, nós da IPIJ nos interessamos pelo sistema de ensino de nossa irmã, a IPI de Londrina, e já criamos um Conselho de Educação Cristã que será encarregado de definir os conteúdos e sistemáticas de ensino de nossa Escola fazendo com que ela se torne o suporte teórico para as Células. Nas células promovemos o treinamento na prática daquilo que é básico para a formação dos crentes e certamente é um lugar ideal, pois a prática e a teoria andam juntas. Entretanto, sabemos que nas células existem limitações para o compartilhamento de todas as informações e, portanto temos que usar os demais recursos da igreja para auxiliar nesse aspecto, e sem dúvida a Escola Bíblica é a principal. Numa Igreja equilibrada, tudo deve ter o seu lugar e atenção adequados.

ECLÉSIA: O G12 rebate as críticas afirmando que as igrejas que adotaram o método crescem a cada ano, afirmação perigosa, pois pode ser argumentado com o clichê ‘quantidadexqualidade’. Como se aprofundar, de forma única, sob uma mesma placa denominacional, em uma igreja dividida em células? 

Como já mencionei anteriormente, o modelo celular não deve ser encarado como um modelo de crescimento e sim de comunhão. Esse é um erro básico que sempre tentamos afastar da mente da nossa liderança e membresia. Acreditamos que se aplicado corretamente e sob a orientação do nosso Pai, é muito provável que a igreja cresça, mas certamente não nos interessa um crescimento sem raízes e baseado em princípios que não sejam bíblicos. Se tivéssemos verificado que o modelo celular se propunha a isso com certeza não o teríamos procurado e aplicado. Aliás, vejo ainda muitas Igrejas Históricas com receio de aplicar o modelo exatamente por esse temor. Estudamos o método por cerca de 2 anos antes de partir para a implantação. A igreja não é “dividida” em células e sim “baseada” nas células. As células não podem e não devem ter “vida própria”, sendo um dos pontos básicos de treinamento dos Líderes, cuidar para que todas as células funcionem em conjunto e coordenadamente, num ambiente onde a informação e a orientação flua constantemente da base para o topo e vice-versa, garantindo assim que as células estejam alinhadas com a Igreja e dêem a ela a energia e o apoio que ela precisa para ser forte.

ECLÉSIA: Desde sua implantação, quais os resultados que a IPI Jabaquara tem colhido? Os membros encamparam a idéia desde o início? 

ALEXANDRE: Por se tratar de uma mudança radical do modo de “viver Igreja”, exigindo muito mais participação e envolvimento de cada crente, eu e meus companheiros de projeto acreditávamos que o processo seria lento, penoso e acompanhado de muito questionamento. Entretanto, para a nossa surpresa, em menos de um ano de implantação do modelo já contamos com a adesão de 1/4 dos membros às Células e pela procura de informações que a liderança tem recebido, certamente alcançaremos 1/3 até meados deste ano. A nossa impressão é que existem pessoas na igreja sedentas para servir a Deus efetivamente e as Células são a oportunidade perfeita para elas. As Células têm o formato e o espaço que elas estavam precisando. Com as Células o campo de atuação dos membros da Igreja se amplia muito. Em cada Célula há espaço para o louvor, o ensino da Palavra, a exortação, o aconselhamento, a liderança e muitas outras coisas as quais no Templo não haveria espaço para todos ao mesmo tempo. Acredito que qualquer um que realmente deseja servir a Deus plenamente pode buscar Nele a capacidade para realizar a Obra. Qualquer liderança pode buscar melhorar e ampliar o serviço que a sua Igreja presta para o Senhor. Na IPIJ foram empresários, profissionais liberais, donas de casa e outros leigos (obviamente sob a supervisão do Pastor) que trabalharam e estão trabalhando com o intuito de servir melhor ao nosso Deus através do modelo Celular, assumindo seu papel como sacerdotes que são de acordo com a Palavra de Deus.



Fonte: www.vigiai.net

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